Dois tempos de uma história
Autoren/Herausgeber
Forschungsfelder
Details zur Publikation
Beschreibung
Este artigo analisa, a partir do filme “Tatuagem” (2013) e da performance “Macaquinhos”, se e em
que medida o tema da libertação sexual encontra, na contemporaneidade brasileira, os mesmos
percalços evidenciados no período do regime ditatorial. Objetiva-se compreender se a arte
burlesca, por meio do deboche e da profanação, emerge como condição de possibilidade para
pensar no estabelecimento de estratégias de (micro)resistência à hipótese repressiva gestada pelo
biopoder. Uma hipótese provisória permite responder que a mesma lógica conservadora de
imposição de poder que delineava a expressão artística no período ditatorial brasileiro remanesce
nos discursos condenatórios contemporâneos acerca da estética performática de “Macaquinhos”.
Para elaboração da pesquisa, utilizam-se os aportes teóricos de Michel Foucault, especialmente no
que diz respeito ao uso dos corpos.